PREFEITURA MUNICIPAL DE IELMO MARINHO
ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA AUGUSTA AULINA DA SILVA
GESTAR II
VIVENCIAR A MATEMÁTICA
É
APRENDER BRINCANDO
FRANCISCO VARELA DA SILVA
IELMO MARINHO
2009
PREFEITURA MUNICIPAL DE IELMO MARINHO
ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA AUGUSTA AULINA DA SILVA
GESTAR II
VIVENCIAR A MATEMÁTICA
É
APRENDER BRINCANDO
Projeto orientado pelo professor formador do Gestar II Edson José Dantas Tôrres, como requisito parcial para a certificação Programa Gestão da Aprendizagem.
FRANCISCO VARELA DA SILVA
IELMO MARINHO
2009
SUMÁRIO
- Introdução.......................................................................................................................................03
- Formulação do Problema................................................................................................................04
- Justificativa......................................................................................................................................05
- Objetivos........................................................................................................................................06
4.1 Geral............................................................................................................................................06
4.2 Específico.....................................................................................................................................06
- Desenvolvimento..............................................................................................................................07
- Metodologia....................................................................................................................................09
- Cronograma de atividades...............................................................................................................11
- Considerações finais........................................................................................................................12
- Referências.....................................................................................................................................13
- Anexos ..........................................................................................................................................15
1. INTRODUÇÃO
Visando uma maior qualidade na educação, vimos que a melhor forma de se trabalhar com os alunos é ouvir quais os temas ou tema nos quais eles gostariam de ser mediador. Atender a curiosidade e fatos em evidência dos alunos faz com que a aprendizagem ocorra prazerosamente. Pensando nos alunos é que iniciamos esse projeto. Antes de iniciar o 4° bimestre, fizemos uma pesquisa na Escola Municipal Professora Augusta Aulina da Silva, no período de 19/10/09 a 23/10/09, perguntando aos alunos quais os conteúdos a serem trabalhados. De 170 alunos matriculados no turno vespertino na escola, 110 escolheram jogos, 35 não quiseram opinar e 25 faltaram nos dias da pesquisa.
É através de esse estudo que concentramos esforços na busca por técnicas que possam oferecer ao professor melhores formas de trabalhar os conteúdos em sala de aula, conforme demonstrou a pesquisa realizada, em que esse desejo foi apontado pelos alunos, ou seja,que no 4° bimestre a matemática fosse trabalhada através de jogos. Os alunos se disseram cansados de ficar transcrevendo a escrita do quadro, de ler os livros didáticos, de resolver problemas matemáticos, de ficar sentados durante horas; sendo assim, por que eles não podem sugerir os temas a serem trabalhados na aula, já que são eles que vão aprender?
Partindo desse pressuposto, surgiu a idéia de pesquisar sobre Jogos Lúdicos e a Geometria, tomando por base a necessidade de se compreender como eles contribuem no processo de ensino-aprendizagem. Já que esses conteúdos nos dão a base para mediar as aulas, vivenciar a matemática é aprender brincando e tendo a oportunidade de trabalhar conceitos de outras disciplinas, levando-os para o cotidiano do aluno. Fomos levados a perceber que os jogos lúdicos e a geometria podem estar presentes também em sala de aula quando tomado como uma importante metodologia no processo ensino-aprendizagem, uma vez que se resumia somente às aulas de recreação e educação física.
Essa situação causa muitas inquietações no mundo acadêmico. Uma questão inevitável é: “Por que os alunos têm tantas dificuldades em aprendizagem? Será que é por causa dos professores, a cobrança da educação ou o sistema que dita tantas regras ou pouco interesse que os alunos têm em estudar?” Para responder a essa e outras questões, buscamos matérias como Gestar II “Programa Gestão de Aprendizagem escolar” e os PCN “Parâmetros Curriculares Nacionais” em teóricos como Bagno (2005), Araújo (1998), Piaget (1998) e outros. teorias que pudessem dar suporte necessário para diagnosticar esses problemas.
2. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
O tema escolhido surgiu de dificuldades enfrentadas em nossas práticas, e teve como finalidade investigar o interesse do aluno pela aprendizagem através dos jogos lúdicos e das formas geométricas, possibilitando uma aprendizagem eficaz e prazerosa.
Pensando nos jogos lúdicos e na geometria como instrumento de trabalho, a escola deve utilizá-lo como um suporte educacional para atingir objetivos preestabelecidos, pois pode ser útil para estimular o desenvolvimento integral da criança e jovem e trabalhar outros conteúdos. Diante do que foi visto, a utilização dos jogos lúdicos e da geometria é imprescindível como recurso pedagógico.
3. JUSTIFICATIVA
A matemática é vista na escola como uma disciplina “árida e difícil, em que a maioria dos alunos tem dificuldade e não aprende, gerando assim, um grande desinteresse pela matéria, sendo ainda, em grande parte, responsável pelas dificuldades futuras ou mesmo pelo pavor da matéria”. Como tornar a Matemática interessante para as crianças e os jovens? O que fazer para que a aprendizagem seja algo prazeroso e agradável? Qual a contribuição que velhas metodologias associadas a novas utilizações podem trazer na melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem da Matemática no Brasil? Essas e outras perguntas vêm surgindo e tornando-se tema de debates, discussões, estudos e reflexões.
Para Fredenthal apud Smole (1996, p. 105): “A geometria é espaço ávido... aquele espaço no qual a criança vive, respira e se move. O espaço que a criança deve aprender a conhecer, explorar, conquistar e ordenar para viver, respirar e nele mover-se melhor”.
Difundir e desmistificar o uso de jogos lúdicos e das formas geométricas favorece um aprendizado efetivo, representando estratégias – altamente proveitosas – para o aluno ter acesso ao conhecimento de suas capacidades. Os jogos lúdicos e a geometria, tão importante para o desenvolvimento do ser humano, precisa ser vista com mais seriedade, pois o espaço lúdico das crianças e dos jovens não deve se restringir somente à hora do recreio ou intervalo. Como podemos ler nos Parâmetros Curriculares Nacionais (2001, p. 48): “Além de ser um objeto sociocultural em que a matemática está presente, o jogo é uma atividade natural no desenvolvimento dos processos psicológicos básicos; supõe um “fazer sem obrigação externa e imposta”, embora demande exigências, normas e controle”.
Dentro dessa ótica, este trabalho propõe ouvir as opiniões dos alunos sobre a sua aprendizagem e a utilização de jogos lúdicos e da geometria como parte integrante nas séries iniciais do ensino fundamental levando a criança e os jovens a conhecer, interagir, mergulhar, vivenciar a Matemática e outras disciplinas e desenvolver a aprendizagem brincando. Afinal, aprender deve ser uma grande diversão!
4. OBJETIVOS
4.1 Objetivo Geral:
- Compreender como os jogos lúdicos e as formas geométricas contribuem para o processo de ensino-aprendizagem.
4.2 Objetivos Específicos:
- Trabalhar as mudanças e inovações no ensino para se obter melhores resultados de aprendizagem do aluno;
- Investigar o interesse do aluno pela aprendizagem através dos jogos lúdicos e da geometria, possibilitando uma aprendizagem eficaz e prazerosa;
- Estimular o desenvolvimento integral da criança e jovem;
- Trabalhar outros conteúdos envolvendo jogos matemática.
5. DESENVOLVIMENTO
Diante da pesquisa realizada, o professor interessado em promover mudanças poderá encontrar na proposta dos Jogos Lúdicos e da Geometria uma importante metodologia que contribuirá para diminuir os altos índices de fracasso escolar e evasão verificada nas escolas; este não foi, porém, o objeto de nosso estudo, que limita-se a investigar e estimular o aluno através dos jogos lúdicos e das formas geométricas.
Diante desse quadro, a utilização de atividades lúdicas nas escolas pode contribuir para uma melhoria nos resultados obtidos pelos alunos. Claro que atividades de cunho lúdico não abarcariam toda a complexidade que envolve o processo educativo, mas poderiam auxiliar na busca de melhores resultados por parte dos educadores interessados em promover mudanças. Estas atividades seriam mediadoras de avanços e contribuiriam para tornar a sala de aula um ambiente alegre e favorável. Além disso, para Lara (2003, p. 30): “a aplicação do jogo, trazendo situações do contexto do/a aluno/a vem contemplar toda a sua gama de conhecimento que foi construída fora da escola e, muitas vezes, é ignorada em sala de aula”.
Autores como Snyders (1996) defendem que o ambiente criado em sala de aula, juntamente com a metodologia empregada, são os principais fatores responsáveis pelo bom desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Nesse contexto, o trabalho com os jogos lúdicos e as formais geométricas desponta como um recurso facilitador para a aprendizagem da criança e do jovem. Segundo Faria (2008, p. 79):
(...), é importante saber que aprender Matemática não significa tão-somente saber resolver uma situação em um ou mais quadros. Aprender é poder articular de forma dinâmica os diferentes procedimentos em um ou mais quadros. Aprender é poder articular de forma dinâmica os diferentes procedimentos em quadros distintos, tendo uma visão do conhecimento matemático como lago dinâmico e multifacetado. Quanto mais facilmente o aluno navega de um quadro para outros, mais consistentes são suas competências matemáticas. Isso requer da escola a oferta de oportunidade ao aluno de tratar uma situação-problema em mais de um quadro de referência.
Os jogos lúdicos e as formas geométricas, vale ressaltar, apresentam valores específicos para todas as fases da vida humana. Assim, na idade infantil e na adolescência, a finalidade é essencialmente pedagógica. A criança e mesmo o jovem apresentam uma resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica, não é prazerosa, principalmente nas aulas de matemática, em que muitos professores não têm firmeza no conteúdo a ser aplicado nas aulas para que as crianças possam aprender matemática de forma prazerosa e alegre. Segundo Bertoni (2008, p. 132): “toda criança que nasce é um ser matemático. Se, quando cresce, vem a não saber ou não gostar de matemática é porque não soubemos trabalhar esse ser”.
Esta pesquisa busca mostrar que o professor não está sozinho na sala de aula, mas há pessoas que precisam aprender e ser ouvida de forma prazerosa, a importância de trabalhar os jogos lúdicos e as formas geométricas auxiliando no desenvolvimento lógico, cognitivo e social de cada criança e jovem e a sua dimensão nos processos de aprendizagem escolar como uma das condições para uma recuperação do sentido original da escola, tendo em vista que é importante trabalhar as mudanças e inovações no ensino para se obter melhores resultados de aprendizado do aluno.
6. METODOLOGIA
O referido trabalho procura oferecer, de forma válida, concreta e significativa, oportunidade a todos os professores que estejam interessados em promover nos seus alunos uma aprendizagem de boa qualidade, inserindo o jogo como um meio educativo, dinâmico e funcional para o processo de aprendizagem em suas práticas pedagógicas no cotidiano escolar.
O jogo tem sido defendido na educação como recurso para a aprendizagem e um privilegiado estimulador do desenvolvimento da criança e jovem. O estudo permitiu compreender que os jogos lúdicos e as formas geométricas são significativos para a criança e o jovem poderem conhecer, compreender e construir seus conhecimentos, serem capazes de exercer sua cidadania com autonomia e competência. Por meio de jogos lúdicos e das formas geométricas, e ouvindo os alunos, conseguiremos uma educação de qualidade e que realmente consiga ir ao encontro dos interesses e necessidades das crianças e adolescentes.
Quanto mais espaço lúdico oferecemos, mais alegre, espontânea e criativa a criança e o adolescente serão. As atividades lúdicas as formas geométrica estão gravemente ameaçadas em nossa sociedade pela modernidade e evolução dos tempos; ao brincar, não aprendemos somente conteúdos escolares, aprendemos algo sobre a vida ajudando a encontrar sentido para ela. Segundo os PCN’s (2001, p. 49):
Em estágio mais avançado, as crianças aprendem a lidar com situações mais complexas (jogos com regras), e passam a compreender que as regras podem ser combinações arbitrárias que os jogadores definem; percebem também que só podem jogar em função da jogada do outro (ou da jogada anterior, se o jogo for solitário). Os jogos com regras têm um aspecto importante, pois neles o fazer e o compreender constituem faces de uma mesma moeda.
Todos sabemos que a aprendizagem depende em grande parte da motivação. As necessidades e interesses das crianças e jovens são mais importantes que qualquer outra razão para que eles realizem uma certa atividade. Assim, podemos concluir que a ludicidade e as formas geométricas também podem auxiliar os professores em suas práticas pedagógicas.
É claro que os jogos lúdicos e as formas geométricas não é a solução mágica para os problemas educacionais, mas podem representar um dos caminhos a ser trilhado na busca de uma escola mais atrativa e interessante. Para alcançar melhores resultados em relação ao lúdico e assimetria, a escola poderia rever seu Projeto Político Pedagógico, dando maior espaço e ênfase à ludicidade.
Portanto, os jogos lúdicos e as formas geométricas tornam-se essencial no desenvolvimento da criança e do jovem, pois no brincar não se aprende somente conteúdos, mas se aprende para a vida. É por meio da ludicidade e da geometria que as crianças e os adolescentes têm o poder de criar algo assim, esquecendo o distanciamento entre elas e os adultos. Assim vão construindo sua inteligência e o próprio amadurecimento social.
7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Atividade | Período |
Pesquisa do tema | 19 e 23/10 |
Reunião com equipe de direção | 06/11 |
Reunião com equipe de direção, professores e funcionários | 12/11 |
Orientação em sala de aula sobre o tema | De 26/10 e 16/11 |
Material coletado entre os grupos | De 05/11 a 20/11 |
Apresentação da Culminância | 23/11 |
Total | De 19/10 a 23/11 |
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este projeto tem relevância na área educacional a partir do momento em que reflete sobre um sério problema relacionado ao ambiente escolar que afeta decisivamente o processo de ensino-aprendizagem. Na escola, a situação não parece ser diferente disso: os alunos, de uma forma geral, são pressionados a memorizar regras e mais regras das quais eles, na maioria das vezes, vão acabar esquecendo, posto que não as usam em seu dia-a-dia.
Enfim, este estudo poderá servir como uma ferramenta importante para todos aqueles envolvidos no processo de ensino. Mais ainda, esta pesquisa, da forma como é realizada, poderá ser útil para todos aqueles que, antes de tudo, quiserem ter uma fonte de pesquisa acadêmica que engloba além teorias de cunho social
Em primeiro lugar, devemos dar aos nossos alunos a oportunidade de ter uma boa educação, baseada no que rege um dos princípios da democracia, o qual assegura ‘educação de qualidade para todos’. E quando se fala em educação de qualidade faz-se necessário ter em mente que essa deve ser pautada no respeito às diferenças. É necessário, para se ter uma sociedade igualitária, democrática, que sejam respeitadas as diferenças na aprendizagem entre os alunos, para que os mesmo possam aprender também respeitar as diferenças existentes na sociedade de uma forma geral. Se todos os professores chegassem a trabalhar este conceito, a educação teria mais uma base para construir a aprendizagem ouvindo e compreendendo os educando.
9. REFERÊNCIAS
ARAÚJO, U. F. O déficit cognitivo e a realidade brasileira. In: AQUINO, Júlio Groppa (org.). Diferenças e preconceito na escola – Alternativas teóricas e práticas. 5ª ed. São Paulo: Summus, 1998.
BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália: novela sociolingüística. 14 ed. São Paulo: contexto, 2005.
BERTONI, Nilza Eigenheer. Gestar II – Matemática: Caderno de Teoria e Prática 1- TP 1: construção do conhecimento matemático em ação. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica 2008.
FARIA, Celso de Oliveira. Gestar II – Matemática: Caderno de Teoria e Prática 1- TP 2: construção do conhecimento matemático em ação. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica 2008.
FREDENTHAL. Gestar II – Matemática: Caderno de Teoria e Prática 1- TP 3: construção do conhecimento matemático em ação. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica 2008
GADOTTI, Moacir. A organização do trabalho na escola: alguns pressupostos. São Paulo: Editora Ática, 1993.
LARA, Isabel Cristina Machado de. Jogando com a Matemática de 5ª a 8ª série. São Paulo: Rêspel, 2003.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Matemática. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. 3ª Ed. Brasília: A Secretaria, 2001.
PIAGET, Jean, O nascimento da inteligência na criança. In: AQUINO, Júlio Groppa (org.). Diferenças e preconceito na escola – Alternativas teóricas e práticas. 5ª ed. São Paulo: Summus, 1998.
SNEYDERS, Georges. Alunos felizes. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
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