ATIVIDADE 3.4- REGISTRANDO O PROJETO - Nere Elma
Freitas de Souza
RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DOS
DESPORTOS
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR OTTO DE BRITO GUERRA
PROJETO INTERDISCIPLINAR
CAÇA AO TESOURO LITERÁRIO: INTEGRAÇÃO DE TECNOLOGIAS
COM AS MÍDIAS DIGITAIS, RECONSTRUINDO A PRÁTICA PEDAGÓGICA.
OUTUBRO - 2011
APRESENTAÇÃO
O
uso de tecnologias como apoio ao ensino e à aprendizagem vem evoluindo
vertiginosamente nos últimos anos, podendo trazer efetivas contribuições à
educação, presencial ou à distância.
Entretanto,
para evitar ou superar o uso ingênuo dessas tecnologias, é fundamental conhecer
as novas formas de aprender e de ensinar, bem como de produzir, comunicar e
representar conhecimento, possibilitadas por esses recursos, que favoreçam a
democracia e a integração social.
O
uso das mídias digitais, especialmente da hipermídia, incorpora distintos
recursos tecnológicos à tecnologia digital, proporciona o diálogo entre as
diferentes linguagens, transforma as maneiras de expressar o pensamento e de
comunicar, interfere na comunicação social e induz mudanças observáveis na
produção dos materiais veiculados com suporte em outras tecnologias.
Os
clássicos da literatura brasileira foram lidos discutidos e analisados por
gerações de estudantes. Mas isso não significa que o aprendizado não possa ser
uma experiência divertida e motivadora para os alunos de hoje com uso das
tecnologias interativas.
Nesta
atividade, os alunos vão aprender sobre literatura a partir de uma caça ao
tesouro. A resolução de enigmas leva a informações sobre livros e autores, por
meio de pesquisas na internet e outros materiais.
Porém,
a busca pelos fatos é só metade do divertimento. Quando a caça terminar, os
estudantes vão publicar suas respostas na produção de um vídeo para a classe.
- JUSTIFICATIVA
O
sentido atribuído à idéia de integração de mídias na prática pedagógica tem
sido muitas vezes equivocado. O fato de utilizar diferentes mídias na prática
escolar nem sempre significa integração entre as mídias e a atividade
pedagógica. Integrar – no sentido de completar, de tornar inteiro – vai além de
acrescentar o uso de uma mídia em uma determinada situação da prática escolar.
Para que haja a integração, é necessário conhecer as especificidades dos
recursos midiáticos, com vistas a incorporá-los nos objetivos didáticos do
professor, de maneira que possa enriquecer com novos significados as situações
de aprendizagem vivenciadas pelos alunos.
Nesta
perspectiva, o cenário educacional requer do professor saber como usar
pedagogicamente as mídias e, este “como” envolve saber “o quê” e “o porquê”
usar tais recursos. Por outro lado, este saber “como”, “o quê” e “o porquê”
usar determinadas mídias encontra-se ancorado em princípios educacionais,
orientadores da prática pedagógica do professor. No caso, por exemplo, de um
professor desejar desenvolver sua ação tomando por base uma concepção
reprodutora de aprendizagem, ele pode utilizar um aplicativo de Editor de texto
para o aluno fazer cópia de algo já produzido ou, ainda, utilizar um vídeo para
o aluno assistir, por se tratar de um assunto visto em
sala
de aula.
Neste
exemplo, podemos dizer que houve integração de mídias na prática pedagógica?
Quais possibilidades foram favorecidas pelo uso das mídias, visando ao
aprendizado do aluno?
Utilizar
um Editor de texto para fazer uma cópia pode ter ajudado o aluno a aprender a
operacionalizar um aplicativo, mas isto é pouco numa perspectiva educacional
que concebe o uso das mídias integrado no processo de ensino e aprendizagem. Da
mesma forma, em relação ao uso do vídeo, se não houver a mediação do professor,
em algum momento, pode se perder muito do potencial desta mídia, que pode
trazer informações contextualizadas, por meio de uma linguagem própria,
constituída pelo dinamismo de imagens e de sons.
Na
mediação pedagógica, o papel do professor é completamente diferente daquele que
ensina, transmitindo informações, aplicando exercícios e avaliando aquilo que o
aluno responde, em termos de certo ou errado. A mediação pedagógica demanda do
professor ações reflexivas e investigativas
sobre
o seu papel, enquanto aquele que faz a gestão pedagógica, criando condições que
favoreçam o processo de construção do conhecimento dos alunos. Nas palavras de
Perrenoud (2000), o seu papel concentra-se “na criação, na gestão e na
regulação das situações de aprendizagem” (p. 139).
Na
perspectiva da integração, em se tratando, por exemplo, do uso pedagógico do
vídeo, a mediação do professor deve propiciar que as informações veiculadas por
esta mídia sejam interpretadas, ressignificadas e, possivelmente, representadas
em outras situações de aprendizagem (usando ou não os recursos da mídia), que
possibilitem ao aluno transformar as informações em conhecimento.
Por
outro lado, o vídeo também pode ser utilizado como meio de representação do
conhecimento do aluno. É um enfoque que pode ser desenvolvido, pelo fato de
oferecer um contexto extremamente rico de aprendizagem para o aluno,
principalmente quando o professor prioriza ações que permitem ao aluno
sentir-se autor-produtor de idéias. Para isto, o professor precisa conhecer as
implicações envolvidas na produção de um vídeo, que vão além da
operacionalização de uma câmera.
O
desenvolvimento de uma atividade ou de um projeto usando a produção de vídeo
requer um trabalho em grupo entre os alunos e, muitas vezes, entre os
profissionais de uma mesma instituição ou externos a ela. Para produzir um
vídeo, o grupo parte de um objetivo, cuja definição envolve negociação e
argumentação entre os componentes do grupo, para se chegar a um consenso que
seja significativo para todos os envolvidos. Esse consenso, segundo Almeida
(2004), deve refletir o “reconhecimento de si mesmo e do outro em sua
singularidade e diferenciação, do respeito mútuo, da construção da identidade
individual simultânea com a construção do grupo como um sistema que engloba
pensamentos, emoções, ações, experiências anteriores, maneiras de ser, estar,
sentir, pensar e fazer com o outro”.
Assim,
a partir da interação entre os componentes do grupo e da definição do foco do
vídeo, a atividade de produção caminha em direção à pesquisa de dados,
informações, imagens e à elaboração do roteiro. Nesta situação, o uso da
internet, tanto para busca como para comunicação,
ganha
um sentido importante no processo de produção. E o uso de um Editor de texto
também pode ter um papel bastante significativo para o aluno durante a
elaboração do roteiro, viabilizando e facilitando o processo de produção da
escrita e reescrita do pensamento.
No
contexto do roteiro, a produção da escrita envolve vários aspectos de caráter
cognitivo e criativo, tais como: antecipações, planejamento, organização lógica
das informações e dos fatos pesquisados e coerência entre as imagens, textos e
sons, respeitando os parâmetros do tempo e do foco intencional do produto, isto
é do vídeo. No entanto, a elaboração do roteiro, bem como a sua
concretização
para se chegar ao produto requer outras aprendizagens, de um universo de
domínios para o qual o professor não foi preparado. Mas ele pode viabilizar o
uso pedagógico deste universo de mídias, trabalhando em parceria com o outro,
que pode ser um colega que tenha conhecimento prático sobre tais domínios, ou
um aluno ou, ainda, um profissional da área disposto a sub- sidiar o grupo na atividade/projeto.
Esta
possibilidade, evidenciada no exemplo do trabalho em grupo e em parceria, está
pautada na perspectiva de aprendizagem em rede, que se constitui em assumir uma
postura de “aprendiz” e de “ensinante”. É por meio do trabalho colaborativo,
compartilhado e coletivamente significativo que este tipo de aprendizagem pode
ocorrer. No entanto, esta vivência de aprendizagem não é algo simples, pois no
trabalho colaborativo as pessoas expõem suas limitações (provisórias), suas
potencialidades e o grau de abertura para a negociação de significados entre os
componentes do grupo. Existe o confronto de idéias, que exige o exercício de
relacionamento, de abertura, tolerância e a convivência com os diferentes,
assim como o diálogo com o outro e consigo mesmo. É neste processo de aprender
coletivamente que todos podem se fortalecer na sua singularidade.
Mas
como o professor pode vivenciar esta nova forma de aprender, para que possa
repensar a sua prática e reconstruí-la? Esta reconstrução da prática é fundamental
para que o uso da mídia possa ser integrado às atividades pedagógicas, de modo
a propiciar aos alunos novas formas de buscar, interpretar, representar e
compreender os conteúdos curriculares num escopo ampliado de ressignificações.
2-
OBJETIVOS:
2.1-
OBJETIVO GERAL:
Criar
uma sinergia que favoreça a interação das mídias,de modo que traga
contribuições significativas à prática pedagógica.
2.2-
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Desenvolver
habilidades para o trabalho em grupo em cooperação e respeito;
- Aprimorar a pesquisa
na Internet e em livros;
- Estimular a agilidade,
a auto-estima e a criatividade;
- Apresentar novos
conteúdos literários;
- Ensinar a utilizar o
software Internet Explorer e Windows Movie Maker.
- METODOLOGIA:
A
metodologia será desenvolvida através de aulas expositivas dialogadas e de
laboratório, dividida em seis etapas:
I –
Introdução ao Tema;
II
– Preenchimento da folha de atividade;
III
– Preparação do jogo;
IV
– Resolução dos Enigmas;
V –
Construção do vídeo;
VI
– Conclusão da atividade.